A quarta revolução industrial chegou e, com ela, as ferramentas de analytics, que vêm ganhando destaque. Elas podem trazer diversas melhorias para o ambiente industrial, proporcionando avanços na produção e até no desenvolvimento de produtos. Mas como será que isso ocorre na prática?
Confira alguns cases de empresas que já utilizam análises e outras ferramentas da indústria 4.0 e acabaram se reinventando e conquistando novos mercados. Você irá perceber que essas práticas podem ser aplicadas em qualquer setor da indústria e as empresas que ainda não as utilizam estão correndo um sério risco de ficarem para trás.
Analytics na indústria 4.0
As ferramentas e softwares de análise são parte da indústria 4.0. Nessa nova revolução industrial, ter maneiras de analisar a imensa quantidade de dados geradas por sensores, câmeras e serviços de streaming (no qual é possível acompanhar em tempo real em qualquer lugar do mundo, via internet, as áreas monitoradas pelas câmeras, os dados produzidos e qualquer outro dispositivo conectado via IoT) é essencial.
É possível dizer até que o analytics é uma das fundações dessa nova era da manufatura. Por meio desses recursos é possível realizar análises preditivas que permitem economizar tempo e dinheiro na indústria. Os tempos em que instalar um único sensor na máquina era algo tão caro que seria quase impossível ficou para trás.
Atualmente, empresas de diversos setores investem cada vez mais na digitalização da linha de produção. Isso leva a processos mais eficientes, maior qualidade dos produtos e redução dos problemas. É a solução ideal para qualquer empresa que deseja aumentar a lucratividade.
Estudos indicam que os investimentos em digitalização das empresas devem crescer mais de 100% até 2020. Uma pesquisa da Published Waterhouse Coopers (PWC) mostrou que todos os setores da indústria planejam investir nas tendências mais modernas. Isso inclui eletrônicos, áreas químicas e manufatura industrial.
Além disso, a implementação do analytics na indústria 4.0 proporciona oportunidades para a criação de novos produtos. Com um mundo cada vez mais moderno, novos nichos de mercado surgem com muita frequência e só empresas que realmente adotaram as novas tecnologias conseguem aproveitá-los.
Analytics em smart cities
A implementação de novas tecnologias no planejamento urbano fez surgir o conceito de smart cities. Basicamente, essas cidades utilizam a inteligência artificial para facilitar a locomoção e acessibilidade de seus moradores. Parece filme de ficção científica? Nem tanto. Existem casos reais que já são aplicados.
A Miovision utiliza IoT (internet of things) para criar cidades inteligentes. Atualmente são mais de 1700 municípios em 50 países utilizando sua tecnologia. Uma cidade no Canadá, por exemplo, adotou o Miovision Spectrum para aprimorar seu planejamento de trânsito. O principal objetivo era melhorar o planejamento e reduzir os custos operacionais.
Para isso, a empresa utiliza streaming de vídeos e dados de sensores espalhados pela cidade. Depois de coletados, esses dados passam por complexas ferramentas de análise e inteligência artificial e, quando existe um aumento no fluxo de trânsito pela cidade, os responsáveis pelo monitoramento recebem um alerta. Assim, as equipes podem verificar a ocorrência de acidentes diretamente no streaming de vídeo e responder mais rapidamente.
Os dados também são utilizados para planejar melhorias nas vias e processos de trânsito. A inteligência artificial é capaz de compreender e avaliar possíveis impactos que as mudanças planejadas trarão.
Esse mesmo conceito pode ser aplicado à indústria 4.0 na qual ela funciona como uma verdadeira Smart City, onde tudo está conectado (via streaming e Iot) produzindo dados que se convergem e são utilizados para aprimorar todos os processos, desde a produtividade e vida útil do maquinário (conseguindo identificar padrões para que possam sempre operar dentro da sua máxima capacidade) até a gestão de pessoal (identificando lideranças, padrões de produção – positivos e negativos -, facilitando a comunicação e troca de dados entre departamentos etc.)
Transformando produtos inteligentes com analytics
A análise na indústria 4.0 também criou um novo mercado de produtos inteligentes. Os novos consumidores não esperam somente um gadget com uma função. Na verdade, eles querem aparelhos inteligentes capazes de interagir uns com os outros e com o ambiente à sua volta.
Dessa maneira, surge o conceito de smart house, que muitas empresas buscam explorar. A iRobot é uma dessas empresas inovadoras que surpreendeu o mercado com um robô de limpeza.
Seu aspirador de pó inteligente, o Roomla, usa uma aplicação na nuvem baseada em IoT para criar uma robô capaz de interagir com seu ambiente. Ele facilita a vida dos usuários e interage com o ambiente.
Não é só o mercado doméstico que ganha com produtos inteligentes. Outras indústrias vêm se renovando para atender a uma demanda por equipamentos que se regulam sozinhos, sem depender completamente do operador humano.
Um exemplo é a Rachio, startup de irrigação para paisagismo e fazendas. Seu controle de irrigação foi criado para evitar desperdício de água sem precisar abrir mão da saúde das plantas. Para isso, ele usa dados de previsão do tempo e adapta os horários e quantidades de irrigação de acordo com o tipo de planta e solo.
Ou seja, é um grande facilitador, já que dispensa o trabalho de planejar a irrigação e a necessidade de lidar com imprevistos. O uso de analytics na ferramenta permite que a própria inteligência artificial calcule se será possível economizar água e como isso deve ser feito.
Tudo é acontece por meio de ferramentas de IoT e uma plataforma na nuvem. A plataforma é segura e proporciona facilidades incríveis para seus usuários.
Analytics na criação de produtos e indústria
Na verdade, é na indústria de manufatura que as capacidades preditivas do analytics realmente brilham. Empresas já utilizam ferramentas de Big Data, IoT e análises de dados para a criação de novos produtos e otimização de processos.
A Autodesk, empresa de desenvolvimento de softwares, aproveita uma plataforma na nuvem para conseguir rodar centenas de simulações por hora. Sem as possibilidades online, isso demoraria dias, sem a garantia dos mesmos resultados.
É graças a essa eficiência na pesquisa que a Autodesk pode desenvolver softwares cada vez mais adaptados às necessidades de seu público.
A indústria consegue utilizar sensores, Big Data e Analytics para melhorar seus processos e diminuir o tempo sem operação das máquinas. Usando as informações colhidas em toda a fábrica, é possível calcular quando um equipamento pode apresentar defeito e garantir medidas preventivas.
Combinando essas ferramentas com o setor comercial, a indústria consegue prever qual será a demanda naquele período. Portanto, é possível adaptar a produção para um tempo de maior quantidade de vendas ou economizar nos períodos de escassez.
Até o setor de qualidade consegue melhorias significativas. Os sensores utilizados na indústria 4.0 permitem análise em tempo real de todos os produtos que passam pela linha de produção. Dessa maneira, pode-se perceber defeitos cedo e corrigir as causas para evitar maiores perdas.
O analytics é uma realidade em diversas empresas espalhadas pelo mundo. Está na hora de começar a compreendê-lo como parte integrante dos processos, não um adicional interessante. Ele consegue trazer diversos benefícios e até ajuda a renovar a empresa para conquistar novos públicos. Que tal dar uma chance à modernidade?
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