Sabemos o quanto é importante as lideranças apoiarem o desenvolvimento dos colaboradores, a fim de buscar o aperfeiçoamento e engajamento dos mesmos e, consequentemente, garantir o alcance de resultados operacionais. Uma ferramenta estratégica que pode auxiliar nesse processo é o PDI – Plano de Desenvolvimento Individual.
O PDI, que ganhou destaque como uma ferramenta formal de gestão de talentos na década de 1970, é aplicado em organizações e profissionais em todo o mundo e tem por objetivo impulsionar o potencial de um indivíduo de maneira organizada e estratégica, por meio de uma abordagem sistemática, abrangendo tantos aspectos pessoais quanto profissionais.
O que deve constar no PDI?
- Análise e definição de objetivos: o primeiro passo é realizar análise das competências e lacunas de conhecimentos ou habilidades que o profissional precisa adquirir. Isso pode ser feito por meio de uma avaliação ou por meio de um levantamento em conjunto entre o Coach e o profissional.
- Planejamento: após o levantamento das necessidades, deve-se realizar um planejamento detalhado para que fique claro como o profissional irá avançar do seu estágio atual até a sua meta. É preciso se informar sobre quais competências serão trabalhadas, prazos, como será o processo de trabalho, recorrência dos encontros etc.
- Prazos e Metas: outro aspecto de suma importância são os prazos. É fundamental definir se o PDI será para um semestre, um ano, dois anos etc. Para o estabelecimento das metas pode-se utilizar o acrônimo SMART (Specific, Measurable, Achievable, Realistic e Time based), que garante que as metas sejam específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporais.
- Acompanhamento: o acompanhamento é necessário para se manter a constância, refinar objetivos, identificar gargalos e celebrar conquistas. O acordo quanto à recorrência dos encontros também é importante. Na minha experiência, entendo que dois meses é um prazo razoável, podendo variar conforme o contexto, urgência e necessidade, por exemplo.
Quais são as principais vantagens de utilizar o PDI?
- Autoconhecimento: a elaboração do PDI exige uma investigação interior profunda, exigindo que o colaborador se faça alguns questionamentos como: onde minha carreira está? Quais são meus pontos fortes e de melhoria? No momento o que é mais importante para minha carreira? No processo de criação, o profissional vai aprender muito sobre si mesmo.
- Clareza: com um planejamento bem elaborado, o PDI permite ao profissional ter um entendimento mais claro sobre o que está acontecendo na sua carreira.
- Motivação: como o plano se baseia nos objetivos e aspirações do colaborador (alinhadas aos objetivos da empresa), a tendência é que ele se sinta motivado com o investimento realizado em sua carreira e no seu desenvolvimento, gerando reciprocidade, contribuindo diretamente em seu engajamento.
- Direcionamento: outro aspecto vantajoso é a disponibilização de um mapa do desenvolvimento da carreira do profissional. Com isso, o colaborador assume o controle sobre seu desenvolvimento com maior autonomia. A obtenção de feedbacks do mentor e dos gestores contribui para que o direcionamento e próximos passos estejam coerentes com as necessidades.
- Responsabilidade: o papel do Coach no processo é o de orientar, provocar, direcionar, dar feedback, criar um ambiente seguro e de confiança mútua, cabendo ao profissional ser o responsável pelo seu sucesso durante a jornada. Afinal, ele já sabe o que precisa fazer, quando e como. Portanto, tomar uma atitude e obter os resultados que deseja, depende apenas dele mesmo.
Conclusão
Enquanto mentor na Compass UOL, tenho aplicado o PDI e visto melhorias consideráveis em alguns colaboradores: uma skill técnica obtida, tornando o trabalho mais eficiente, uma maior motivação ou uma mudança de rota que antes não havia sido pensada pelo colaborador.
E você, como tem trabalhado a gestão do seu time ou como tem mapeado sua carreira? Comece agora a elaborar seu PDI e avance nessa jornada rumo a novas conquistas pessoais e profissionais.
*As opiniões aqui colocadas refletem a minha opinião pessoal e não necessariamente a opinião da Compass UOL.