Depois da contratação: a relevância do comportamento na construção da carreira

O que leva à contratação e à posterior retenção de profissionais após sua efetivação? Essa questão permeia os processos seletivos, onde o match certeiro entre candidato e empresa é essencial. 

Ao falarmos de uma contratação, estamos falando de um resultado de processo seletivo de cunho avaliativo, e nesse processo, o que costumamos encontrar é um esforço das empresas para dar aquele match certeiro com a posição em questão. Mas como esse match é realizado? Já paramos para nos perguntar por que um processo deu certo e outro não?  

Os processos seletivos são realizados a partir de pelo menos uma entrevista, que tem o objetivo de levantar características pessoais que serão relevantes para a posição ofertada (organização, comunicação, responsabilidade, disponibilidade, expectativas com a empresa e com a vaga, além de remuneração e benefícios). Em alguns casos, essa etapa pode contar com o auxílio de testes psicológicos para o aprofundamento da avaliação comportamental.  

No mundo tech essas entrevistas são apenas um pontapé inicial para o entendimento do tão falando “FIT Cultural com a empresa e oportunidade”. Após essa etapa, costuma-se aprofundar os conhecimentos técnicos em uma nova entrevista, totalmente voltada a sua senioridade atual e aptidão com suas hard skills, para então tentar aquele match.  

Assim que o match for concretizado em suas soft e hard skills, o candidato vence. Conseguiu a sonhada nova oportunidade, vencendo os processos de recrutamento. Mas e para se manter nela? O que contribui para a longevidade na carreira dentro dessa empresa? 

Para responder essas questões, é essencial falarmos sobre qualidade de vida no trabalho, uma vez que implicações podem surgir a partir do nosso comportamento. Começando pelos relacionamentos interpessoais: toda relação resulta da interação de pelo menos duas pessoas. O relacionamento interpessoal requer habilidade e seu impacto direto na colaboração entre as pessoas envolvidas destaca-se pela fluidez e eficácia. Tratando-se de relações de trabalho, quando se trabalha em equipe, se as partes envolvidas não conseguem separar a relação e opiniões pessoais da profissional, isso pode vir a tornar-se um empecilho. 

Para realizar essa separação, é essencial refletir sobre porque essa relação está sendo difícil de lidar, compreender a origem desse sentimento e buscar soluções, como o exercício de empatia. É necessário entender as necessidades do outro, para que ocorra a resolução deste conflito e lembrar que precisamos manter um ambiente saudável para que nossa qualidade de vida no trabalho não diminua. As relações desgastadas também podem ser resultado da falta de comunicação das partes envolvidas: o quão bem eu comunico o que preciso? O quão bem estou recebendo o que me foi comunicado?  

É de suma importância que tenhamos uma comunicação clara e assertiva com as nossas relações, e no trabalho não poderia ser diferente. A interpretação equivocada de um pedido de ajuda pode resultar em sentimentos conflituosos, contribuindo para o desgaste da relação. Para evitar esse tipo de situação, mantenha sua atenção 100% presente nos alinhamentos, além de questionar os pontos duvidosos e, principalmente, entender o objetivo da situação para que fique claro e não ocorra uma interpretação errônea da situação.  

Adaptar-se às mudanças no ambiente do trabalho também requer uma habilidade da comunicação assertiva, pois alterações frequentemente geram ansiedade. Contudo, essa ansiedade não precisa ser desconfortável, especialmente quando há uma comunicação clara entre as partes envolvidas, ajudando a entender a necessidade e o objetivo da mudança, tornando o processo mais fluído. Quanto menos ansiedade e maior estabilidade, melhor será o desenvolvimento do processo.  

Com uma boa comunicação é possível construirmos flexibilidade e adaptabilidade. Para isso, elenque os pontos que o deixam desconfortável para que as partes envolvidas pensem juntas em como tornar o processo mais tranquilo. Um comportamento assertivo dentro do ambiente de trabalho não é um comportamento passivo, mas sim, um comportamento ativo de maneira responsável, no qual se esclareça os pontos necessários para que uma situação que acarretaria um sentimento de desconforto, seja solucionada e esclarecida. 

Preencher a lacuna da inteligência emocional é fundamental. Por isso, cada vez mais as empresas disponibilizam oportunidades para que as pessoas busquem o desenvolvimento da sua inteligência emocional, seja pela realização de 1:1 ou pela utilização de plataformas de cuidados emocionais e de cursos (técnicos, emocionais…): tudo é desenvolvimento, pois nosso emocional requer um trabalho contínuo. Quando esses pontos citados ao longo do texto não são devidamente tratados, podem resultar em comportamentos disfuncionais, prejudicando a qualidade de vida no trabalho, e consequentemente, diminuindo a longevidade dentro da empresa. 

 

**As opiniões aqui colocadas refletem a minha opinião pessoal e não necessariamente a opinião da Compass UOL. 

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