Desculpe o transtorno, precisamos falar sobre as mulheres

No UOL e UOL DIVEO ocorrem num ciclo trimestral as conferências Tech Day, onde os profissionais tem oportunidade de falar para toda a companhia sobre os trabalhos desenvolvidos por suas equipes e suas contribuições, ou sobre assuntos diversos de tecnologia dos quais eles estejam se dedicando e que acreditem que traga valor aos colegas de trabalho. É sempre uma experiência maravilhosa de troca.

No último, ocorrido em Julho, uma palestra especial me chamou a atenção – ela falava especificamente em Internet para todos – abordando UX para deficientes visuais. Frequentadora assídua de conferencias de tecnologia, um dado que fica evidente é que temas como diversidade e inclusão, no geral, são temas abordados pelos grupos femininos de desenvolvimento.

Luiza Helena Trajano (Magazine Luiza) abre o prefácio de “Faça Acontecer, Mulheres, Trabalho e a Vontade de liderar” da Sheryl Sandberg (Facebook) com um foco especial sobre o momento da economia contemporânea, onde a capacidade de ensinar, interagir, aprender, educar, relacionar-se e trabalhar em equipe são fundamentais, como o momento de maior valor para liderança feminina.

Mulheres são educadas e cobradas, desde cedo por capacidades como empatia e responsabilidade. São muito mais incentivadas a falarem sobre seus sentimentos e problemas, os que as tornam muito mais receptivas e compreensivas com os problemas alheios.

A verdade é que a convergência digital traz um desafio gigante de olhar para os mercados não explorados, a inserção de grupos que hoje não fazem parte do olhar estratégico do mercado como um todo e sim de nichos específicios. O reposicionamento de produtos e o desenvolvimento de uma gama deles para os quais ainda não existem demanda. Isso requer um poder criativo que dificilmente virá de grupos homogêneos. A diversidade é a chave para a criatividade.

Em biologia, através do principio de Hardy Weinberg, é possível checar que a evolução genética depende de um fator que altere os alelos do DNA, através de uma grande população e a interação entre os indivíduos diversos. Se as interações satifizesse certas condições, as frequências dos alelos permaneceria inalteradas ao longo das gerações. A analogia com a criatividade é extremamente simétrica, dado que indivíduos que possuem formações semelhantes, que consumam o mesmo tipo de cultura, e frequente os mesmos lugares, irá certamente olhar de uma forma muito similar para problemas diversos. A criatividade nasce da diversidade e espaço para a interação de indivíduos diversos. Isto se reflete na forma como plataformas de Open Creativity tem se alastrado fortemente, e como programas de diversidade estão presentes em quase todas as gigantes do vale do Silício, pois trata-se não só da coisa certa a se fazer (do ponto de vista ético e moral), mas também a coisa esperta a se fazer. Ambientes com mulheres em posições de alta liderança possui um ROI 35% mais alto que empresas que só possuem homens na liderança de acordo com a lista da 500 Fortunes, elas também são consideradas os melhores lugares para se trabalhar.

Mas por que, dado todas essas informações é tão difícil alavancar a participação feminina nas altas lideranças?

Acredito que não existe uma resposta única para uma pergunta tão complexa. Existem os fatores sociais, os fatores legais e os culturais.

Uma empresa que queira abraçar a diversidade deve garantir que as mulheres tenham espaço reservado a mesa de discussão, que tenham suas vozes ouvidas, contabilizadas. Abraçar as diferentes visões sobre um mesmo problema e partir do principio que não há formulas mágicas e caminhos prontos para que a magia aconteça. Mas deve haver um programa que fomente a participação feminina, que estejam abertos a aprender com elas o novo jeito de liderar, de falar sobre os problemas e como solucioná-lo. Da mesma forma que cabe à elas aprenderem a tomar a frente, assumir riscos, expor as opiniões sem o medo de errar, do julgamento, coisas que os homens fazem desde sempre.

UOLDIVEO promove encontro de gerações de mulheres em TI

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Campanhas como o He for She vem fazendo um excelente trabalho e propondo o diálogo transversal sobre a necessidade das mulheres neste novo momento rumo à equidade de gêneros. Dentro das companhias os outros 50% da população necessitam se sentirem representados pelo Mercado, já que esses outros 50% são responsáveis diretamente por $20 trilhões de dólares do consumo anual global, e aumentará para $28 trilhões nos próximos cinco anos. Além de ter influencia em boa parte dos consumos indiretos.

Há muito espaço para a troca e aprendizado dentro das companhias, em quaisquer seguimentos de atuação. E os espaços que se abrem para que esse processo evolutivo das companhias ocorram já garantem o seu lugar ao sol.

 

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