Primeiramente, é preciso repensar o modelo de gestão tradicional porque provavelmente ele não atende mais às necessidades e à velocidade dos atuais negócios. O novo modelo é desafiador, imprevisível, clama por inovação e rapidez na entrega e, claro, preservando a excelência.
A TI tradicional, que visa estabilidade e segurança, precisa coexistir com o modelo digital que exige agilidade e flexibilidade, agregando valor ao negócio de qualquer segmento. Neste cenário, surge a TI Bimodal. Mas do que se trata?
Para um melhor entendimento, é necessário observar que muitas empresas hoje ainda seguem um modelo administrativo linear, repetitivo, previsível e com hierarquias rígidas. O sucesso econômico dessas organizações em todos os segmentos modelou a economia por décadas.
Essa administração tradicional, em que tudo transcorre com objetivo de evitar o risco, seguindo regras rígidas e processos lentos, não consegue mais atender à nova tribo emergente, conectada, descolada, de ritmo acelerado e com um imenso poder na palma das mãos.
Smartphones e seus apps
A mobilidade tornou-se imprescindível na nova era. Colocou o mundo literalmente nas mãos da sociedade, mudando hábitos e fazendo do consumidor um personagem exigente, intolerante à morosidade de acesso a informações, à indisponibilidade de serviços entre outros. Cada aplicativo que abriga seus smartphones são verdadeiros portais de conveniência, acelerando processos, economizando tempo valioso e custos.
Assim, o mundo mudou! Com o uso da tecnologia, foi-se a era industrial, que deu a vez à era da tecnologia. Agora, impera a do conhecimento ou “a era digital”. E viver na era digital não significa deixar de lado a Industrial e nem mesmo a Tecnológica. É um mundo plural?
E agora?
A TI Bimodal surge para fluir entre o Modo 1 (tradicional) e o Modo 2 (ágil), porque para muitas empresas o momento é de transição e a TI precisa acompanhar.
O modelo de TI focado em processos ITIL, COBIT e PMI, recheado de regras, não atende ao Modo 2, colaborativo, inovador, acelerado, focado em experimentação, que não tem medo de errar porque prima pelo aprendizado contínuo e com muita agilidade.
Em muitos casos, é necessário criar na empresa os dois mundos para fazer a transição entre o Modo 1 e o Modo 2. Então surge a pergunta: “Será preciso jogar fora várias conquistas? Certificações, ITIL, Cobit, PMI, tudo no lixo?”. Não. O desafio é navegar nesse novo mundo (Modo 2), incorporando o que há de bom no Modo 1. Em alguns casos, mantendo funcional o legado enquanto for vantajoso para o negócio.
Dicas para criar TI Bimodal
- Abra espaço na TI para o Modo 2 e não se esqueça que o Modo 1 ainda requer ações
- Reorganize o seu time para que ele seja multifuncional e colaborativo
- Avalie se é necessário contratar pessoas no Modo 2 para incorporar a experiência delas
- Esse novo time tem de trazer resultados rápidos para não perder a credibilidade. Cuidado com a armadilha de mudar e continuar no Modo 1
- Com o tempo, irá perceber que o Modo 2 ganha espaço em relação ao Modo 1