Gestão de custos em cloud computing: como reduzir despesas e otimizar investimentos

Ao manter a infraestrutura de TI em nuvem, as organizações têm acesso a uma série de benefícios, como escalabilidade, controle e segurança. Contudo, este tipo de estratégia também requer atenção a alguns aspectos centrais.

Um dos fatores que desafia a gestão de custos em cloud computing é a dificuldade das organizações em rastrear e prever o uso. Neste contexto, as despesas imprevisíveis podem se tornar um dos maiores problemas do gerenciamento de nuvem.

Atualmente, em muitas organizações o desafio da gestão de custos em cloud computing é compartilhado entre as equipes de finanças ou compras, de TI, DevOps e outros setores. Na prática, esses profissionais precisam compreender, gerenciar e otimizar os custos com a nuvem.

De acordo com dados do Relatório da Nuvem 2020, elaborado pela Flexera, as organizações extrapolam os gastos com nuvem em uma média de 23% em relação ao orçamento. Além disso, os entrevistados estimam que as organizações desperdiçam 30% do valor mensal.

Os dados indicam que é urgente pensar em maneiras de otimizar a gestão de custos, conduzindo a estratégia na nuvem de maneira mais inteligente e assertiva.

Neste artigo, apresentamos sete dicas que você pode explorar para reduzir seus custos com a gestão da nuvem imediatamente.

Quer saber mais? Continue lendo o artigo!

 

Principais razões do descontrole na gestão de custos

Para as empresas, fazer uma gestão de custos da nuvem precisa se tornou um grande desafio. Mais do que isso: é uma das prioridades da companhia, segundo o relatório da Flexera.

73% das organizações planejam otimizar o uso da nuvem visando à redução de custos. Essa é a principal iniciativa apontada pelos entrevistados pelo quarto ano consecutivo.

A falta de uma gestão adequada de custos com a nuvem acontece, principalmente, por três fatores:

 

Descentralização do consumo dos recursos de cloud

Além da TI, colaboradores de outros departamentos, como marketing, podem adquirir recursos para a nuvem. Com a compra descentralizada, o consumo tende a aumentar.

 

O custo dos recursos parece baixo

Algumas funcionalidades custam centavos. Para o colaborador que consome, o valor parece irrisório. Contudo, no final do mês, a conta fecha alta.

 

Falta de governança em TI

A ausências de processos, regras e orçamentos bem definidos pode levar ao cenário de descontrole. É comum, por exemplo, identificar empresas pagando por recursos subutilizados. Uma política de governança de TI consistente pode evitar desperdícios como esse.

 

Passo a passo: 7 práticas para redução e gestão de custos de nuvem

Como vimos até aqui, alguns fatores negligenciados na governança podem aumentar a conta da nuvem. A boa notícia é que com uma estratégia inteligente de gestão de custos em nuvem, você pode evitar surpresas indesejadas no faturamento.

 

#1 Construa uma política de governança e segurança de TI

É fundamental construir uma política de governança de TI que seja capaz de integrar pessoas, processos e ferramentas. Ou seja, definir regras claras, verbas e, principalmente, uma maneira de gerenciar o consumo é essencial.

Outro pilar da gestão de custos em cloud é a segurança. Por exemplo, garantir que apenas os usuários autorizados têm acesso a determinadas reservas de instâncias é uma medida de segurança, que permite também o controle de custos com a nuvem.

 

#2 Identifique as fontes de desperdício

Para reduzir os custos da nuvem, você deve primeiro identificar o desperdício, mapeando o uso ineficiente dos recursos.

Assim, ao abordar as áreas responsáveis ​​pela maioria dos gastos desperdiçados com nuvem e estouros de orçamento, você pode começar a economizar dinheiro, diminuindo suas despesas com infraestrutura de nuvem.

#3 Mantenha os gastos visíveis para o time de TI

É importante que os profissionais saibam exatamente o que estão gastando. Essa visibilidade da gestão de custos em nuvem facilita o controle de uso de serviços.

Portanto, mapeie quais serviços e produtos a organização têm e com quem eles estão. Identifique os recursos que estão licenciados como propriedade do usuário, coloque as informações do centro de custo e o prazo de licença do serviço. Assim, você tem um controle sobre a origem dos gastos.

Tais informações também podem ser usadas para rastrear o uso por meio de relatórios detalhados de faturamento.

 

#4 Defina verbas para cada área

Agora que você já sabe quais são os gastos com nuvem, é hora de definir os orçamentos por centro de custo. Fazer isso depois de estabelecer uma média de consumo garante que você irá definir orçamentos práticos e realistas baseados no uso real.

Procure usar a reserva de instâncias, que permite a compra antecipada de recursos, para economizar na aquisição. Dessa maneira, você mescla a facilidade de comprar a qualquer hora com a técnica de provisionamento de recursos e de custos.

Além disso, na lista de permissões de instâncias (RDS e EC2) busque liberar apenas o uso de tipos específicos (por exemplo, t2.medium), de classes (por exemplo, t2- *) ou de tamanhos (por exemplo, * -micro, * -small, * -medium).

 

Uso de tags pode facilitar o gerenciamento dos acessos

Adotar as tags é uma das maneiras de otimizar a gestão dos recursos utilizados por áreas ou projetos.

Na prática, é preciso estabelecer condições e um conjunto de variáveis de tag, definindo, assim, o escopo do acesso com base nas tags aplicadas a um recurso.

Parece confuso, mas é simples.

Veja só: o acesso é controlado a partir de uma tag que consta no recurso solicitante (grupo, grupo dinâmico ou compartimento) ou no destino da solicitação (recurso ou compartimento).

As tags podem ser aplicadas a compartimentos, grupos e recursos, facilitando não apenas a definição das políticas de acesso, mas a gestão de custos também.

 

#5 Revise a demanda real por região

Para a gestão de custos em cloud computing, é importante que o gestor de TI e seu time saibam em quais regiões a empresa tem serviços em execução. Afinal, somente assim será possível assegurar o equilíbrio entre demanda real, uso e investimento. O custo dos serviços por região pode variar até 60%.

Quando você conhece a demanda local, pode usar o agendamento para iniciar e pausar instâncias de maneira planejada. O ideal é mapear os recursos que não precisam permanecer ligados em uso contínuo.

As máquinas usadas pelos times de desenvolvimento e testes, por exemplo, podem ser desligadas aos finais de semana e fora do horário de trabalho. Esse tipo de cuidado pode gerar uma economia de até 70% dos custos de tempo de execução.

A melhor prática é identificar quais ambientes precisam de disponibilidade 24×7 e agendar o serviço para o restante.

 

#6 Explore o uso de contêineres

Outra solução tecnológica que pode ajudar a reduzir despesas operacionais é a utilização de contêineres. Amplamente usados por equipes de TI que adotam abordagens de DevOps, os contêineres empacotam os aplicativos com todas as suas dependências. Assim, se torna mais fácil implantar, gerenciar e/ou migrar de um ambiente para outro.

 

#7 Busque um bom fornecedor de gestão de custos em nuvem

Por último, mas não menos importante, busque um fornecedor de gerenciamento de custos em nuvem. Muitos gestores sabem que a tarefa de otimização de despesas exige muito tempo e habilidade.

Por isso, eles aproveitam os serviços de parceiros especialistas em gestão de custos em cloud computing. Na migração e na modernização da nuvem, contar com esse suporte faz toda a diferença.

Isso porque devido à complexidade da infraestrutura da nuvem, o gerenciamento de custos costuma ser um dos gargalos do projeto de cloud corporativa.

 

Para evitar problemas, gastos extras e desperdício de recursos, conte com o suporte da Compasso UOL. Nosso time de profissionais certificados é especialista em gestão de custos em cloud computing. Entre em contato conosco e conheça nossas soluções.

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