Nos últimos anos o tema transformação digital vem marcando constante presença nas pautas de diversos CIOs. Afinal, a empresa que não digitalizar seu negócio corre o sério risco de ficar obsoleta e perder espaço no mercado.
Mais do que utilizar a tecnologia de forma intensiva, como tem acontecido no agronegócio, que hoje usa dispositivos para aumentar da sua competitividade, a verdadeira transformação digital está acontecendo na relação das empresas com seus clientes.
Os consumidores, hoje hiperconectados, estão em busca de soluções e respostas em tempo real. Tanto é verdade que, dificilmente, vemos um jovem indo a uma agência bancária. Até mesmo os mais antigos, porém antenados em tecnologia, optam por realizarem transações financeiras por aplicativos.
E os exemplos estão presentes em nossas vidas o tempo todo. A chamada de um táxi, a escolha da rota com menos trânsito, o lugar para se hospedar, tudo está mudando a partir do momento que as empresas viram a oportunidade em conectar o cliente à tecnologia e entregar mais valor.
O mais curioso é que essas empresas, assim como Facebook (maior plataforma de conteúdo do mundo), Alibaba (maior empresa de revenda de varejo do mundo), Skype e Netflix existem apenas digitalmente. O Uber não possui frota própria, Netflix não tem salas de cinema e o Airbnb não possui hotéis próprios.
O que isso nos mostra? Simples:
A desmaterialização democratizou a tecnologia.
A digitalização provoca a desmaterialização, que potencializa a democratização de uso. O smartphone é um ótimo exemplo. Desmaterializou diversos equipamentos físicos como CDs, gravadores, GPS, câmeras fotográficas, filmadoras, etc, que estão agora embutidos em um único dispositivo, o próprio smartphone.
Esse acesso mais barato à tecnologia tem permitido às empresas inovarem e com isso ir de encontro com o que as pessoas buscam: facilidade, imediatismo e uma nova experiência de uso.
É preciso ficar atento a um ponto importante que, quando mal interpretado, pode comprometer o sucesso da transformação digital:
Somos uma sociedade híbrida – parte orgânica, parte digital – e justamente por isso o processo de digitalização deve ocorrer com foco no negócio e pessoas, e não na TI.
Mobilidade, Social, IoT, Big Data, Cloud, etc. estão relacionadas à transformação, mas como atores da transformação e não como agentes.
Cloud computing como vetor de transformação
Qual a relação de novas tecnologias como Cloud Computing dentro deste cenário de inovação e transformação das empresas?
Antes de cloud, inovações passavam por fazer previsões detalhadas e então realizar grandes investimentos para atendê-las. Além disso, o processo para contratação de novos recursos passava por diversas áreas como comercial, arquitetura, jurídico, compras, implantação, etc.
Com cloud computing toda essa burocracia é simplificada, passando o controle para as mãos do cliente. Desta forma, testar e identificar erros rapidamente permite levar a inovação para o centro do negócio.
A quantidade de novos recursos disponíveis dentro das plataformas de cloud computing conecta as empresas a um mundo totalmente novo e completamente favorável à inovação.
E nós ainda não vimos nada. Nos próximos dez anos muitas das empresas que conhecemos e que são líderes em seus mercados sequer existirão. Outras, que estão surgindo agora, tomarão seu lugar sem dar tempo para reação. A questão para os executivos das grandes empresas que ainda não se reinventaram é decidir, hoje, de que lado querem estar. Decidir em dois ou três anos já será tarde demais.
Artigo elaborado por Gustavo Villa, profissional da área de Marketing e Produtos, além de atuar ativamente na estratégia de portfólio para o mercado de TI e Pagamentos.