O Poder das Habilidades Comportamentais

O Fórum Econômico Mundial de 2023 (WEF 23), reuniu líderes e especialistas de todo o mundo, onde dentre diversos temas, também foi discutido o “futuro do trabalho”, ou seja, as profissões que estão mais se destacando e crescendo, as que podem deixar de existir, assim como as principais habilidades (skills) mais procuradas em um profissional e este ponto é o que iremos focar aqui, mas, especificamente em habilidades comportamentais. 


Source: World Economic Forum, Future of Jobs Survey 2023

No Top 10 da lista das habilidades, 80% são habilidades comportamentais e os outros 20% habilidades tecnológicas e gerenciais.  

 

Habilidades comportamentais 

Habilidades comportamentais, também conhecidas como habilidades socioemocionais ou habilidades soft, são características e capacidades relacionadas ao comportamento, atitudes e interações de uma pessoa. Elas envolvem aspectos não apenas profissionais, mas também pessoais e sociais, e são essenciais para o sucesso e bem-estar em várias áreas da vida. 

Essas habilidades estão relacionadas à forma como nos comunicamos, nos relacionamos com os outros, gerenciamos nossas emoções, pensamos criticamente, resolvemos problemas, nos adaptamos a diferentes situações, trabalhamos em equipe, lideramos e lidamos com desafios do cotidiano. Elas são complementares às habilidades técnicas, que são mais específicas para uma determinada área de conhecimento ou profissão.  

É importante ressaltar que as habilidades comportamentais não são inatas, mas podem ser desenvolvidas e aprimoradas ao longo da vida. Elas são cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho e em diversas áreas, pois contribuem para o crescimento pessoal, a produtividade, a colaboração eficaz e o estabelecimento de relacionamentos saudáveis. 

Habilidades comportamentais ganharam e vem cada vez mais ganhando destaque como elementos essenciais para o sucesso profissional e a adaptação às demandas do mercado de trabalho em constante evolução. Em um mundo cada vez mais complexo e interconectado, as habilidades técnicas por si só já não são suficientes. 

Vamos agora, comentar sobre algumas destas habilidades comportamentais e outras tão importantes quanto as elencadas na lista do WEF:  

Pensamento analítico: É a habilidade de examinar informações complexas, identificar padrões, decompor problemas em partes menores e avaliar evidências de forma lógica e crítica. Envolve a capacidade de analisar dados, identificar relações de causa e efeito, fazer inferências baseadas em evidências e chegar a conclusões fundamentadas. É uma forma de pensamento que busca entender a essência de um problema ou situação, questionando suposições, avaliando diferentes perspectivas e utilizando a lógica para tomar decisões informadas. O pensamento analítico é valorizado em diversas áreas, pois permite a resolução eficaz de problemas complexos e a tomada de decisões embasadas em informações sólidas.  

Pensamento crítico: Ser capaz de analisar e avaliar a coerência dos argumentos, distinguindo entre aqueles de alta qualidade e aqueles de qualidade medíocre, é uma habilidade valiosa que pode melhorar significativamente a qualidade do trabalho. Essa competência envolve a habilidade de discernir a validade dos argumentos apresentados e identificar as falhas ou incongruências que possam estar presentes. Dessa forma, o aprimoramento dessa habilidade pode elevar consideravelmente o nível de qualidade das atividades desenvolvidas, tanto no âmbito pessoal quanto profissional.  

Resiliência: A resiliência é a capacidade de lidar com adversidades, superar desafios e se recuperar de falhas. Em um contexto empresarial dinâmico, onde mudanças são constantes, a resiliência é essencial para manter a motivação, o equilíbrio emocional e a produtividade.  

Flexibilidade e Adaptabilidade: No mundo atual, onde as mudanças são constantes e imprevisíveis, a flexibilidade e adaptabilidade são fundamentais. Essas habilidades permitem se ajustar rapidamente a novas situações, aprender continuamente e lidar com a incerteza de forma construtiva.  

Motivação: É um estado interno que impulsiona e direciona o comportamento de uma pessoa. É o impulso ou a energia que nos leva a agir e buscar alcançar nossos objetivos. A motivação pode ser influenciada por uma variedade de fatores, como necessidades pessoais, metas, valores, recompensas, ambiente de trabalho e expectativas. 

Autoconsciência: Envolve a capacidade de refletir sobre si mesmo, reconhecer suas próprias emoções e como elas podem afetar os outros, bem como ter uma compreensão clara de seus pontos fortes e áreas que precisam de desenvolvimento. Através da autoconsciência, uma pessoa pode tomar decisões mais conscientes, gerenciar melhor suas emoções, lidar com o estresse de forma eficaz e desenvolver relacionamentos mais saudáveis e significativos.  

Curiosidade: É a disposição e o interesse em buscar conhecimento, explorar novas ideias e fazer perguntas. É a qualidade de estar aberto a aprender e descobrir coisas novas, mesmo sobre assuntos que possam parecer familiares. A curiosidade envolve a capacidade de questionar, investigar e buscar respostas para satisfazer a necessidade intrínseca de entender o mundo ao nosso redor.  

Lifelong learning: refere-se à busca contínua de conhecimento, habilidades e desenvolvimento pessoal ao longo de toda a vida. É a ideia de que a aprendizagem não se limita apenas à educação formal na infância ou na juventude, mas é um processo contínuo que ocorre em todas as fases da vida.  

Confiabilidade: Uma pessoa confiável é aquela em que os outros podem confiar e contar para cumprir compromissos e obrigações. A confiabilidade é uma qualidade valorizada tanto em contextos pessoais quanto profissionais, pois ela estabelece relações de confiança e fortalece a reputação de uma pessoa.  

Atenção aos detalhes: É a capacidade de observar e perceber minuciosamente os elementos específicos e pequenos em uma tarefa, projeto ou situação. É a habilidade de notar e considerar as informações mais sutis, os aspectos específicos e as nuances que podem passar despercebidos por outras pessoas.  

Empatia: É basicamente se colocar no lugar do outro. O colaborador deve tentar compreender o ponto de vista dos colegas e clientes, entendendo como se comportam, quais são seus sentimentos e emoções. Um profissional que tem empatia ajuda as pessoas com seus problemas e toma decisões pensando também no impacto que elas terão nas outras pessoas.  

Escuta Ativa: É uma técnica de comunicação que envolve ouvir com atenção e intenção de compreender a mensagem do outro. Em vez de apenas esperar a sua vez de falar, a pessoa que pratica a escuta ativa se concentra no que está sendo dito pelo interlocutor e faz perguntas para esclarecer e demonstrar que está prestando atenção. A escuta ativa ajuda a estabelecer uma comunicação mais clara e empática, fortalecendo os relacionamentos interpessoais.  

Liderança: A liderança é uma competência crucial em qualquer ambiente de trabalho. Ser capaz de influenciar e inspirar os outros, tomar decisões estratégicas e promover uma cultura de colaboração e inovação são características valiosas em líderes bem-sucedidos.  

Inteligência Emocional: A inteligência emocional, ou seja, a habilidade de reconhecer, compreender e gerenciar as próprias emoções e as emoções dos outros, é fundamental no ambiente de trabalho. Ela permite estabelecer relacionamentos saudáveis, promover uma comunicação eficaz e desenvolver uma liderança empática.  

Colaboração e Comunicação: A colaboração e a comunicação eficazes são essenciais para o sucesso nos ambientes de trabalho colaborativos. A capacidade de trabalhar em equipe, ouvir ativamente, expressar ideias de forma clara e construtiva, são habilidades que promovem a eficiência, a sinergia e a inovação. 

Gestão do tempo: Atualmente, a gestão efetiva do tempo é uma das habilidades mais apreciadas, tanto individualmente quanto coletivamente, pois tem um impacto significativo na produtividade. Dominar essa habilidade envolve a capacidade de gerenciar o tempo com eficiência, o que, por sua vez, leva a uma maior efetividade pessoal e organizacional. Em suma, saber administrar o tempo de forma eficaz é uma competência altamente valorizada em diversos contextos profissionais e pessoais.  

Uma breve história sobre o poder das habilidades comportamentais…  

Era uma vez em uma pequena empresa de tecnologia. Nessa empresa, trabalhavam profissionais altamente qualificados e dedicados, cujas habilidades comportamentais eram valorizadas e cultivadas.  

Um belo dia, a equipe de desenvolvimento foi designada para um projeto desafiador: criar um software para otimizar o gerenciamento de projetos da empresa. A equipe era composta por indivíduos com habilidades complementares, cada um trazendo suas próprias perspectivas e experiências para o projeto.  

Desde o início, a aplicação de habilidades comportamentais foi fundamental. O pensamento analítico foi utilizado para analisar as necessidades e requisitos dos usuários, identificando as funcionalidades mais relevantes para o software. O pensamento crítico entrou em ação, avaliando diferentes abordagens e tomando decisões embasadas.  

A resiliência e a flexibilidade foram necessárias durante o processo de desenvolvimento, pois surgiram desafios técnicos e prazos apertados. A equipe enfrentou obstáculos, mas, graças à sua resiliência, superou-os e continuou avançando.  

A motivação era palpável na equipe. Cada membro estava comprometido em entregar um produto de qualidade, reconhecendo a importância do projeto para a empresa. Eles estavam dispostos a ir além, buscar soluções inovadoras e aprender continuamente para aprimorar o software. A autoconsciência permitiu que os membros da equipe reconhecessem seus próprios pontos fortes e áreas que precisavam ser desenvolvidas. Eles se apoiaram mutuamente, compartilhando conhecimentos e experiências, o que fortaleceu o trabalho em equipe.  

A curiosidade impulsionou a equipe a explorar novas tecnologias e abordagens, questionando suposições e buscando constantemente melhorias. Eles estavam sempre abertos a aprender e descobrir novas soluções para os desafios encontrados. A confiabilidade era uma característica marcante da equipe. Cada membro cumpria seus compromissos, entregando resultados de alta qualidade dentro dos prazos estabelecidos. Isso estabeleceu confiança entre eles e com os demais departamentos da empresa.  

Durante o desenvolvimento do software, a atenção aos detalhes foi fundamental. Cada linha de código, cada funcionalidade era cuidadosamente revisada para garantir sua eficácia e qualidade. A equipe percebia sutilezas e nuances que poderiam impactar a experiência do usuário, garantindo um produto final refinado. 

A empatia e a escuta ativa foram essenciais na interação com os usuários e stakeholders. A equipe compreendia as necessidades e expectativas dos usuários, buscando soluções que atendessem às suas demandas. Eles se colocavam no lugar do outro e se esforçavam para criar uma experiência positiva.  

A liderança foi exercida por um membro da equipe, que soube influenciar e motivar os colegas, promovendo um ambiente colaborativo e inspirador. Sua inteligência emocional contribuiu para a construção de relacionamentos saudáveis e produtivos. 

Ao final do projeto, o software foi lançado com grande sucesso. Ele oferecia uma solução eficiente e intuitiva para o gerenciamento de projetos, recebendo feedback positivo dos usuários. A equipe provou que a aplicação das habilidades comportamentais gerou resultados excepcionais.  

Essa história demonstra como as habilidades comportamentais podem fazer a diferença no ambiente de trabalho. Quando cultivadas e aplicadas de forma efetiva, elas impulsionam a inovação, a colaboração, a resolução de problemas e o alcance de metas. São essas habilidades que capacitam os profissionais a enfrentarem desafios, superarem obstáculos e obterem sucesso em suas atividades. 

 

Conclusão  

No Fórum Econômico Mundial de 2023, as habilidades comportamentais foram destacadas como fatores-chave para o sucesso profissional em um mundo em constante transformação. À medida que as demandas do mercado evoluem, as habilidades técnicas sozinhas não são suficientes. Cultivar habilidades comportamentais como inteligência emocional, resiliência, colaboração, flexibilidade, liderança, boa comunicação… se torna fundamental para se destacar no mercado de trabalho e enfrentar os desafios do futuro. Ao investir no desenvolvimento dessas competências, os profissionais se posicionam de forma estratégica para navegar nas complexidades do mundo econômico atual e moldar um futuro próspero.  

 

Reflexão  

Você está apontando o farol do conhecimento para habilidades não técnicas?  

Fontes: WeForum

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