A evolução e o fortalecimento da Compasso UOL como referência em serviços

Já faz tempo que não escrevo, mas hoje resolvi contar-lhes um pouco sobre a Compasso UOL, uma nova empresa e evolução do UOL DIVEO.

Há 2 anos e meio, fui convidado a me reunir com um executivo americano de uma empresa concorrente, que desejava visitar nosso data center de Tamboré – um dos maiores do Brasil. Em um primeiro momento relutei, tendo em vista que se tratava de um concorrente na área de serviços de data center. Diante sua insistência, decidi atendê-lo.

Tomei todo o cuidado para não expor áreas que pudessem dar informações confidenciais. Segui todos os padrões de segurança, sempre resguardando nossos clientes e garantindo total sigilo. Além disso, também evitei apresentar as áreas de instalações de equipamentos novos e ou em testes, pois poderia dar-lhe alguma dica de como estávamos enxergando o negócio do ponto de vista estrutural no futuro. Enfim, foi uma visita protocolar e sem nenhuma pretensão para negócios, ao menos do meu lado.

Ao final do encontro, tomando o cafezinho, ele repentinamente me perguntou: Gil, você tem interesse em separar a divisão de colocation e quem sabe vender para nós?

Minha reação foi imediata, disse-lhe que não tinha nenhum interesse em separar nossa divisão de infraestrutura (data center) assim como em vender qualquer “pedaço” de nossa empresa. Muito pelo contrário: gostaria de saber se ele tinha interesse em vender sua operação brasileira para nós.  Ele, no mesmo tom, disse que não estava interessado em vender, mas sim adquirir empresas. Nos despedimos em um impasse.

No UOL DIVEO sempre avaliávamos novas possibilidades de negócios. Todavia, o encontro foi o estopim em um processo de reflexão, em que percebemos que empresas como a nossa, que possuíam um amplo portfólio de soluções, como data center, serviços gerenciados, hosting, cloud, entre outros, encontravam dificuldade de entendimento de seu core business em algumas iniciativas no mercado. Após uma longa análise do cenário, cheguei à conclusão de que ao vender nossa operação de data center, poderíamos focar todos os nossos esforços em serviços de alto valor para nossos clientes e nos posicionar em um novo patamar. Assim, reuni as informações necessárias e as apresentei ao board.

Nos organizamos para criar nosso próprio processo de transformação. Contratamos um consultor americano especialista no setor, para nos auxiliar nessa possível liquidez. Num primeiro retorno do Teaser, tivemos 17 empresas interessadas, inclusive aquela do executivo que me visitou.

Depois de alguns meses e em plena pandemia do COVID-19  – em Abril/20 – concluímos a venda. A divisão de colocation (que já estava segmentada na empresa UD Tecnologia) foi transferida, então, para a Digital Colony – um fundo de US$ 40 BI que administra 90 data centers e empresas de infraestrutura para celulares.

O curioso desses fundos, é que durante muitos anos investiram em Real State, ou seja, investimentos em bens físicos como espaços de varejo. Mas com a tendência de digitalização do varejo, veio a maior demanda por infraestrutura para acomodar as lojas agora virtuais. Os fundos, então, viram no mercado de data centers uma correlação imediata com os de shopping centers. Para eles, os data centers traduzem para o ambiente virtual o que seriam as acomodações dos “shopping centers”: uma infraestrutura necessária para hospedar os lojistas que precisam desenvolver seus sites para realizar as vendas online.

Logicamente o boom dos provedores de soluções de Cloud, como nós também somos, necessitam de data centers para acomodarem seus servidores cada vez mais densos e consumidores de energia. Nossa relação com a Digital Colony – que a partir da aquisição criou uma empresa chamada Scala para atuar no Brasil e na América Latina – também é uma relação de cliente e fornecedor. Ou seja, o Grupo UOL é cliente estratégico dessa empresa.

Costumo dizer que foi um acordo ganha-ganha, pois nós realizamos um evento de liquidez de grande importância e a Scala comprou um dos últimos ativos relevantes de infraestrutura no Brasil.

A partir disso, voltamo-nos inteiramente ao desenvolvimento de nosso negócio e impulsionar a nova etapa da companhia, que desde Fev/20 já atua como Compasso UOL. Com foco em desenvolvimento ágil, cuja missão é ajudar nossos mais de 1.300 clientes na sua transformação digital. Mas essa história fica para um próximo post. Obrigado!

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